26.11.09

Meat Puppets - Bowery Ballroom (NY)

Continuando a saga de nosso correspondente internacional em Nova Iorque, agora no show do Meat Puppets, banda que dispensa apresentações.

Curtam aí!

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Meat Puppets

Bowery Ballroom

NEW YORK, NY

Wednesday, November 25, 2009 8:00pm


Por Alex Laner


De volta ao Bowery Ballroom. Mas desta vez para o show do Meat Puppets, a famosa banda que participou do Acústico MTV do Nirvana.


O Bowery Ballroom tem capacidade para aproximadamente para 450 pessoas e é uma pena que a casa estava com apenas 30% de sua lotação para esta noite. A grande vantagem é que fiquei colado no palco.


Os shows começaram bastante cedo, por volta das 20:15, com o Dynasty Eletric, banda bastante interessante com dois integrantes, um rapaz e uma garota, acompanhados de dois MacBooks e um Moog, usando alguns samplers e fazendo uns barulhos estranhos que o Patu Fu costumava usar. Mandaram até um cover "She's Go It".


A segunda apresentação foi do KD, uma banda em que todo mundo toca de tudo. É incrível: não dá para saber que é o tecladista, baixista, guitarrista ou vocalista. Apenas o baterista não saiu do lugar. É difícil definir o som que fazem, mas pode-se dizer que é uma mistura de folk, indie e rock`n roll. Infelizmente não consegui achar alguma informação da banda na internet.


Chegou o mais esperado da noite: Meat Puppets, banda formada pelos irmãos Curt Kirkwood (guitarra e vocais) e Cris Kirkwood (baixo) e o baterista Shandon Sahm. O show começou com nada mais, nada menos que "Plateau", grande sucesso tocado no Acústico do Nirvana. “Lake of Fire”, outra das preferidas de Kurt Cobain, também foi tocada, pra delírio dos poucos presentes.


Fiquei muito surpreso com peso da banda ao vivo. O som estava muito bom e muito forte e todas as músicas terminavam de uma forma que parecia o fim do mundo. Ainda houve a presença em duas músicas do baterista Ted Marcus, que tocou nos dois últimos discos da banda.


24.11.09

Melt-Banana - Bowery Ballroom (NY)

Fiéis leitores! Conseguimos a incrível façanha de credenciar um intrépido correspondente internacional em alguns deliciosos shows nessa semana em Nova Iorque. O querido Alex Laner (@rootsh) é nosso enviado especial nas apresentações de Melt-Banana, Meat Puppets e Pixies, direto das mais nobres casas nova-iorquinas. Coisa chique, meus amigos.

O primeiro texto enviado agora há pouco foi sobre a barulheira feita ontem a noite pelos japoneses do Melt-Banana, no Bowery Ballroom. Certamente o primeiro e provavelmente o único site brasileiro a falar da turnê deles pela América. Curtam aí um jeito bacana e diferente de contar como foi a apresentação.

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Um perdido em NYC no show do Melt-Banana

Melt Banana 23/11/2009
Bowery Ballroom
6 Delancey St
New York

Por Alex Laner

A ida para o show foi uma aventura. De onde estou, na 106th St (ao lado do Central Park), bastou pegar o metrô B até a Grand Station. Ao descer do vagão senti um cheiro de peixe muito forte, achei bastante estranho e quando sai me vi na China: tudo era escrito em chinês e só chineses descendo e subindo da estação.

Era só seguir o que o Google Maps me disse, mas, perdido que sou, acabei andando umas dez quadras (quando na verdade teria que andar apenas uma). Sem querer, achei uma loja de guitarras maravilhosa no caminho, mas que adianta comprar se não sei tocar nada?

Cheguei enfim ao Bowery Ballroom e olhando de fora achei o lugar pequeno. Para entrar bastou apresentar meu passaporte, pois já havia comprado o ingresso antecipadamente pela Ticketmaster. Resolvi tomar alguma coisa e descobri algo desagradável: a cerveja é caríssima nessa cidade. Cada uma custava US$ 7,00 e o ingresso do show era apenas US$ 15,00.

Ao abrirem as portas, logo na entrada havia um cara de máscara vendendo camisetas, bottons, cds e demais apetrechos do Melt-Banana. Acabei comprando uma camiseta e um botton; como não tinha meu tamanho, alguém vai ganhar um presente...

Soube já lá dentro que haveria uma banda de abertura, que não havia sido divulgada. Entraram no palco em total silêncio, pegaram os instrumentos e continuaram mudos. O vocalista colocou a boca no microfone, mas continuou sem dizer nada, apenas fez uma “capelinha” e então começou uma barulheira infernal. A banda bem que poderia ser instrumental, já que era apenas o vocalista berrando e uma pauleira de instrumentos ao fundo, lembrando um final de show do Sonic Youth.

Ao final do primeiro show os equipamentos do Melt-Banana começam a aparecer. Cadê os roadies? Imaginava que uma banda japonesa fazendo show em outro país traria seus roadies. Que nada! Eles mesmos montavam o palco.

Logo que começaram a tocar, um barulho ensurdecedor feito pelas guitarras de Agata. tomou o lugar. Bom demais! E a galera em peso começou a se trombar, se bater e a pular sem parar com o pesadíssimo som feito pelos quatro japoneses. Ganhei até um pisão no pé de presente. Durante as trocas de músicas a vocalista, Yasuko, parecia imitar um gato. Era o que dava a entender, com aquela voz estridente e a barulheira toda do lugar.

Ainda consegui gravar os 4 primeiros minutos do show, mas um segurança chegou dizendo coisas que eu não entendia. Respondi que não falava inglês e ele só gritava: “no vídeo, no vídeo!”. Pelo menos tirei algumas fotos (sem flash) que em breve mando pra vocês.

Se quiser conhecer um pouco mais do som deles é só dar uma passada no Myspace ou curtir esse vídeo aqui embaixo:



melt-banana bowery ballroom review

23.11.09

Diquita - Quarto Negro

Banda com um pezinho internacional e com resquícios dos grupos Bonnie Situation e Ludovic, o Quarto Negro é nossa diquita nacional da semana.

20.11.09

Consciência

Pessoalmente, tenho minhas dúvidas sobre o feriado de hoje. Duvido que tenha lá o impacto esperado e tudo mais. De qualquer modo, uso-o como desculpa para colocar, aqui, cinco sugestões de grandes canções de excepcionais artistas negros. E, neste sentido, aproveito para ser racista: em termos de música popular, os negros são inigualáveis.

Muddy Waters:


TV on the Radio:


Miles Davis & John Coltrane:


Cartola:


Chuck Berry:

12.11.09

O novo-velho grunge

Jogada de marketing ou processo natural, fato é que o grunge volta forte à cena da música. E jogamos aqui alguns comentários sobre os recentes lançamentos de Pearl Jam e Alice in Chains, dois dos maiores expoentes daquela bagunça acontecida há cerca de 20 anos atrás. Ô, Chris Cornell! Larga o Timbaland e volta pro Soundgarden, vai.


PEARL JAM – BACKSPACER

A eleição de Obama foi o maior acontecimento em prol do Pearl Jam desde o início da banda. Apesar de alguns leves resquícios, finalmente o gênio Eddie Vedder deixa de lado o proselitismo bobo e enfadonho dos últimos discos e volta a fazer o que sabe, deixando em casa a carteirinha do Bono Vox Club. Um esporro de apenas 36 minutos que resgata o binômio fúria/leveza que consagrou o movimento de Seattle. Desde “Yield” não vejo uma seqüência de abertura tão poderosa, com “Gonna See My Friend”, “Got Some” e “The Fixer”, esta com seu refrão grudento feito para arenas. Outros grandes destaques são as baladas “Just Breathe” e a forte “The End”. Essa mudança de ares certamente está relacionada à volta da parceria com o produtor Brendan O'Brien – que trabalhou em “Vs”, “Vitalogy”, “No Code” e “Yield”, a fase de ouro da banda. Outro ponto a ser observado é o fato de Vedder ter reassumido às rédeas das composições, fazendo a quase totalidade das músicas e tornando o álbum mais coeso que seus dois anteriores. Não repetirá o sucesso de outrora, mas felizmente recoloca a banda em seu rumo. Até as próximas eleições ao menos.


ALICE IN CHAINS – BLACK GIVES WAY TO BLUE

Bem ou mal, é inegável que se trata de um disco que faz reviver aquele Alice in Chains mais pesadão e sujo, principalmente do disco homônimo de 1995. Porém, também é nítido que, sem a alma rasgada do falecido Layne Staley, a banda se resume a um bom grupo de metal. É como um grande restaurante que perde seu renomado chef. As paredes são as mesmas, as panelas são as mesmas, os funcionários são os mesmos, o fogão é o mesmo, até o dono é o mesmo... e o cara novo contratado chega a dar conta das receitas. Mas... falta aquele tempero essencial, o diferencial que faz o cliente ir atrás do negócio. Os maiores destaques são as porradas “Check My Brain” e “A Look in View”, composições no formato clássico de Cantrell. A bela balada de encerramento, “Black Gives Way to Blue”, é uma homenagem em forma de esperança, que jamais seria cantada por Staley. Fica a sensação que o novo vocalista, William DuVall, é um músico contratado totalmente dispensável e que Jerry Cantrell conseguiria levar o barco sozinho. Esperava mais do disco, principalmente em razão dos dois singles vazados antes do lançamento oficial.

8.11.09

Força bruta

O festival Planeta Terra possibilitou a exposição de duas formas opostas de performance musical: de um lado, Iggy Pop & the Stooges e, do outro, o Sonic Youth. Os dois grupos possuem, a seu favor, um inegável histórico de contribuições para o rock, carregando nas costas vários álbuns influentes.
O Sonic Youth, que tocou após uma enérgica apresentação do Primal Scream, optou por divulgar seu último álbum. De hits apenas a espetacular Hey Joni, de Daydream Nation, e Death Valley 69, do início da carreira da banda, gravada com a participação da "musa" No-Wave Lydia Lunch. O resto do show foi focado no som experimental da banda que, apesar de interessante, não combina com um festival do porte do Planeta Terra. O resultado visível: quem não era fã da banda ficou entediado.
Iggy Pop & the Stooges seguiu o caminho oposto: ciente que estava lá para animar milhares de pessoas, o grupo optou por escolhas certeiras de repertório: do início com Raw Power, até o final com Lust for Life, passando por Fun House, Gimme Danger, 1970 e The Passenger, o setlist foi irrepreensível. Mas não é só isso: Iggy Pop, como era de se esperar, deu um show a parte: dançou, correu, chamou o publico para o palco, se enfiou no meio da platéia e tocou boa parte do tempo com a bunda de fora. Mesmo quem não era fã de carteirinha da banda se impressinou com a atuação do frontman.
E esta aí a diferença: Sonic Youth pareceu ignorar as característica do Planeta Terra, do público, de sua história e a mediocridade do último álbum. Já Iggy Pop sabia para que estava lá para divertir o público, seja ele composto ou não de fãs fanáticos.

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Além de Iggy Pop e Sonic Youth, assisti aos seguintes shows:
Primal Scream: a banda teve sérios problemas como som no começo, que estava baixo e abafado. Mas assim que o problema foi resolvido a coisa engatou e canções como Movin' On Up, Accelerator, Rocks e Swastika Eyes garantiram a diversão. Detalhe, ainda, para o Bobby Gillespie andando calmamente pelo público não-VIP durante o show do Iggy Pop.
Maxïmo Park: chato. Ponto final.
Copacabana Club: um Cansei de Ser Sexy capitaneado por uma cantora que, definitivamente, não cansa de ser sexy. Tirando a vocalista, é apenas um sub-CSS.
Ting Tings: quem trocou o Iggy Pop pelas Ting Tings garantiu seu lugar no inferno do rock.

7.11.09

Pior da Semana

Nesta semana uma sequência de vídeos foram jogados na web para promoção do novo disco daquela que um dia já foi minha banda preferida, o Weezer. A crítica ao "Raditude" eu deixo para outro dia. Ou para nunca. Ficaremos apenas com as imagens abaixo. Entre uma festa bizarra no programa do Letterman e um cover do Coldplay, a turminha nerd de Rivers Cuomo conseguiu polemizar com a aparição de Kenny G - o rei dos consultórios dentários - em uma de suas apresentações na TV.

Sempre achei que o Pitchfork andava pegando pesado demais com eles nos últimos discos. Tenho que admitir: estavam certos. Aliás, assim como ocorreu com "Make Believe", Rob Mitchum detonou a banda em sua resenha para o novo álbum. Ele que também se revela um grande fã decepcionado.

Além dos vídeos boçais, justifico minha revolta por conta da participação do rapper Lil Wayne na patética faixa "Can´t Stop Partying" e da colaboração do produtor Dr. Luke, o fazedor de músicas de Britney, Miley Cyrus, Pink, Backstreet Boys etc...

Como diria minha avó: "Brincadeira tem limite".







weezer kenny g raditude