29.3.09

Twitter

Agora o BIFEcomXUXU vai proporcionar a todos pílulas de informações musicais através do Twitter. Podem acompanhar aqui na página mesmo, na seção "Quentinhas" ou nos seguindo no Twitter.

26.3.09

Diquitas: Marissa Nadler, Yeah Yeah Yeahs e Beirut

Marissa Nadler - Little Hells: Melancolia até a medula: arranjos etéreos, voz sussurrante e letras angustiadas. Estes são os ingredientes principais do novo disco da Marissa Nadler. Canções disponíveis no My Space da artista.

Yeah Yeah Yeahs - It's a Blitz!: Nesse novo disco (chamado pela Pitchfork como disco da maturidade) os Yeah Yeah Yeahs, com uma providencial ajuda de David Andrew Sitek, do TV on the Radio, na produção, criam climáticas canções dançantes carregadas de camadas e mais camadas de sintetizadores. Belo disco que combina melodias fáceis com harmonias bem trabalhadas.




Beirut - Match of the Zapotek and Realpeople Holland: Um dos artistas mais interessantes dos últimos anos, Zach Codon, o moleque por trás do Beirut, lança um ótimo EP duplo: no primeiro disco, canções que evocam os já habituais climas do leste europeu; já no segundo disco, teclados e batidas eletrônicas tomam o poder. Esse sujeito vai longe!


La Llorona - Beirut


My Night With the Prostitute from Marseille - Beirut

23.3.09

Entrevista Radiohead Multishow

Para quem não viu na TV, uma rara e bacaníssima entrevista com um falante Thom Yorke e o Ed O´Brien, antes do show de ontem em São Paulo. Todos os louros pro Edgar Piccoli, que também conseguiu tirar uma entrevista divertida do Los Hermanos (o que considero mais difícil ainda).




Entrevista Radiohead Multishow

21.3.09

Patrick Wolf - Vulture

Um cara estranho fazendo um clipe estranho pra uma música estranha. E o resultado é fantástico. Vulture é o primeiro single do disco novo de Patrick Wolf, The Bachelor, a ser lançado no dia 20 de abril. Muita atenção, parece que vem coisa boa por aí!



Patrick Wolf - Vulture

18.3.09

Keep on rockin'?

Em 1972 um grupo de estudantes da Universidade de Kent, em Ohio, organizou um protesto contra a invasão americana no Camboja, o que gerou um conflito com a Guarda Nacional e resultou na morte de 4 estudantes. Algumas semanas depois o grupo Crosby, Stills, Nash & Young lançava uma canção entitulada Ohio, na qual o jovem Neil Young apontava o dedo para o então presidente Richard Nixon: "Tin soldiers and Nixon coming/We're finally on our own/This summer I hear the drumming/Four dead in Ohio."
E esta a última canção política de Neil Young: seu próximo álbum, A Fork on the Road, agendado para abril tratará de questões ambientais. Mais precisamente, será um álbum conceitual sobre, hmm, carros ecologicamente corretos. Dá para prever o que vem por aí, certo? Na faixa título, já liberada para ser ouvida pela internet, Neil Young brada contra blogs, o bailout, a guerra etc.
Desconfio que, além da canção ser ruim, o tempo milita contra Neil Young. Em 1972 havia inimigos claros, seja dentro dos EUA, seja fora dele. Hoje em dia, contudo, toda a lista de inimigos dessa geração foi vencida. Guerras como aquela travada no Iraque não contam com apoio das massas (por isso elegeram Obama, não?), questões ambientais são amplamente discutidas e medidas são aprovadas, as lutas pelos direitos civis renderam frutos visíveis (mais uma vez... Obama!) etc.
Vivemos, portanto, em um mundo em que a geração hippie de Neil Young venceu. E qualquer canção de protesto que levante suas bandeiras será, inevitavelmente, ridícula.


14.3.09

Trent Reznor concorda comigo!


Trent Reznor, aquele cara que costuma fazer músicas fantásticas como Nine Inch Nails, concorda com o que eu disse aqui. Sobre minha maior desilusão no mundo da música, Reznor sacramenta em seu Twitter:

"You know that feeling you get when somebody embarrasses themselves so badly YOU feel uncomfortable? Heard Chris Cornell's record? Jesus."

12.3.09

Faith No More no Brasil

Eles não vão falar através da imprensa nem vão dar entrevistas. A comunicação será direta com os fãs pelo Twitter de Billy Gould, baixista da banda. E segundo a postagem de algumas horas atrás:

"In answer to your questions of shows outside the EU, especially from Brazil and Australia, yes, we are thinking of coming there."


Isso já é suficiente pra fazer a mão suar.

O mundo inteiro espera o retorno deles há tempos. Prova disso é o que provocaram no site do Download Festival 2009. Mas o Brasil certamente é dos lugares onde mais são aguardados e onde mais eles mesmos têm vontade de tocar.

O FNM versão Mike Patton estourou praticamente junto com o surgimento da MTV Brasil e o sucesso que a banda fez por aqui no início dos anos 90 foi algo absurdo. Lembro quando era mais novo de ouvir a lenda: "o FNM fez mais sucesso no Brasil do que nos EUA". Verdade ou não, a banda tocou no Rock in Rio II e no mesmo ano voltou para fazer um tour pelo país, tanta era a devoção da mulecada. Tenho uma coleção de revistas Bizz de 1991 a 1993 e durante um grande período só dava FNM, mais que Nirvana inclusive.

Eles ainda voltam para a terra do axé na turnê "King For a Day", em 1995, para tocar no festival Monsters of Rock, fora o estrambótico show do Fantomas em 2005 e as participações em gravações e shows dos amigos do Sepultura.

A relação deles com o Brasil é intensa e muito conhecida dos fãs. Por isso, justamente por isso, dúvido da informação do Lúcio Ribeiro desta semana de que teriam pedido U$ 800 mil dólares para fazer show por aqui e que nenhum empresário estaria disposto a pagar essa quantia.

Pra esquentar vídeos de dois momentos históricos por aqui. Primeiro a entrevista doentia do Mike Patton pro Zeca Camargo, na época na MTV Brasil; depois, um trecho do show deles em 1991.




10.3.09

Cavalos não dançam


Lembra daquela mulecada de Colatina, Espírito Santo, que lançou um single chamado "I was born in the 90´s" e foi comentada por aqui? Então... os malucos apareceram nessa semana com um novo single mais arrasador ainda. Cheio de sintetizadores, muito melhor produzida e pronta pra balada, "Horses Can´t Dance" certamente é a coisa mais bacana que ouvi nesse começo de 2009 em bandas brasileiras.

Como já disse anteriormente, esses meninos vão longe.

Ouve aqui: http://www.myspace.com/mickeygang

Phoenix - 1901

Algumas bandas conseguem fazer músicas que te fazem ter esperança de que esse mundo alternativo ainda pode voltar a ser bom. Grupo francês que ora parece ser do rock ora parece ser da dança,o Phoenix certamente é uma dessas salvações pros ouvidos. Apesar de bem desconhecidos aqui no Brasil (tocaram no Nokia Trends em 2007) são queridinhos de sites influentes como Pitchfork e da revista NME. Após o longínquo e belo hit "Long Distance Call", de 2006, os franceses retornam com o single "1901", o primeiro do novo disco "Wolfgand Amadeus Phoenix", que será lançado oficialmente em 25 de maio deste ano. Ouve aí:





Peter Doherty - Grace/Wastelands

Sem muito estardalhaço e, aparentemente, sem muito interesse do público (vide totalplays) o disco solo de Peter Doherty, Grace/Wastelands, está disponível para audição completa no Myspace.

Ainda não vou arriscar uma resenha, mas pelo que deu pra sentir o som do amigo de Amy Winehouse está beeeeeem na levada folk, emulando Bob Dylan e tantos outros. Chega até a lembrar Syd Barrett em alguns momentos. Para quem esperava algo no estilo do Libertines, pode tirar o cavalo da tempestade.

8.3.09

Prodigy - Invaders Must Die

Fruto da geração rave britância, o Prodigy surgiu para o mundo no meio dos anos 90 como o elo perdido entre a música eletrônica e o rock pesado, chamando a atenção dos adolescentes roqueiros xiitas da época para a cena (eu incluído). Misturando batidas techno (no sentido técnico do termo) com pesadas influências de punk rock e metal, a banda liderada por Liam Howlett invadiu a MTV com os clássicos "Firestarter", "Breathe" e "Smack My Bitch Up". Sentindo a ressaca do sucesso e talvez constrangidos com a oportunista constatação de Lulu Santos ("o Prodigy é mais influente que os Beatles") sumiram por longos anos, até soltarem um quase ignorado disco em 2004 (culpa do centralismo de Howlett).

Voltando a engraxar adequadamente as máquinas, o Prodigy retorna agora com um ousado disco de altíssimo nível musical. Consertando um antigo defeito, o album soa fechado do começo ao fim, repleto de hits, sem dar a entender que há músicas apenas para "tapar buraco", o que era nítido nos outros trabalhos (e como a própria banda assume).

Nota-se claramente o resgate da dance music old school, como na faixa "Warrior´s Dance" (que resgata a perdida "Take me Away", do True Faith), e a valorização dos sintetizadores e samplers como nunca haviam ousado fazer. A batida techno mascada, característica da banda, continua em destaque, mas agora gostosamente permeada por elementos pop.


Outro grande destaque do disco é a agressivíssima faixa "Run With The Wolves", uma quase música do Queens of the Stone Age, com a marcante participação do mito Dave Grohl, que pediu a Liam para gravar as baquetadas.

Ainda, tentando trazer seu som para um formato mais digerível nos anos 00, Howlett convocou James Rushent, do Does It Offend You, Yeah?, para co-produzir as absurdamente frenéticas "Omen" e "Invaders Must Die", outras duas faixas de enorme destaque e, não por acaso, os dois primeiros singles, respectivamente.

Em tempos de nu-rave os tiozinhos do Prodigy ensinam para a molecada o jeito certo de fazer as pessoas mexerem os esqueletos. E pelo jeito ainda agradam MUITO, já que o disco estreiou nessa semana na parada da Billboard em terceiro lugar, nos EUA, e em primeiro lugar no Reino Unido, desbancando do trono o Kings of Leon e deixando a queridinha Lily Allen para trás. E isso não é pouco.




5.3.09

A volta do Libertines?

O doidão Peter (ex-Pete) Doherty confirmou em entrevista concedida a NME Radio que os Libertines devem voltar em 2010, já que se trata de um "negócio inacabado". É mais um sinal dado de que um dos principais grupos do começo dos 00´s está voltando. Há alguns dias Carl Barat e Doherty se abraçaram e concederam entrevista juntos no prêmio NME Awards (foto abaixo).


O boca mole ainda contou que o fenomenal Graham Coxon (ex-Blur) deve tocar com ele em sua nova turnê solo.

Tomara que não seja mais uma viagem do problemático e que voltem mesmo, gravando algo ainda melhor que os dois primeiros discos. Pra quem viu aquele inesquecível pocket-show na Fnac Pinheiros em 2004 (!) sabe do que falo (apesar da ausência de Doherty):


4.3.09

2009

Depois de um 2008 decepcionante e fraco de grandes lançamentos, já nesse primeiro trimestre temos 3 lançamentos que estão povoando os maiores blogs musicais da rede. Aviso aos nervosos que o Franz Ferdinand foi excluído de propósito pra ser falado depois por aqui.

YEAH YEAH YEAHS - "IT´S BLITZ!"

Depois de um primeiro disco hypado e um segundo meio apagado, a banda nova-iorquina inova e trás uma pancada de sintetizadores fazendo fundo para belas melodias, que estão agora bem mais pop. O single "Zero" já dá uma dimensão da mudança no som da banda. E, pra minha surpresa, pra melhor! (clipe não oficial)




WHITE LIES - "TO LOSE MY LIFE"

Banda inglesa fazendo um som que lembra Joy Division só pode ser furada. Engano seu e meu. Apesar de beber claramente o suco de Ian Curtis como tantas outras bandas, o White Lies realmente impressiona. A voz de Harry McVeigh e as sinistras melodias desenhadas pelo baixo pesadão fazem a banda se destacar nesse revival do rock deprê na Inglaterra. Destaque para as bens elaboradas (e dramáticas) letras. Com dois singles fortíssimos ("Death" e "To Lose My Life") vem sendo apontada como a grande banda de 2009 até agora.




FLORENCE AND THE MACHINE

Grande aposta da BBC londrina para este ano, a moça faz uma boa mistura de pop, folk e indie rock. Aliando canções para pista com baladas melancólicas, a ruiva Florence Welsh (que se diz influenciada por Kate Bush e Velvet Underground) já levou o prêmio da crítica no Brit Awards realizado no mês passado. Isso com apenas dois singles lançados.