14.5.09

MM´s


Poderia postar algo aqui falando da mais nova banda inglesa que une batidas dos anos 80 com elementos rítmicos da Papua-Nova Guiné. Como também seria possível fazer um tratado ginecológico sobre as fotos da Rihanna pelada. Ou sobre o mais recente topless de Amy Whinehouse, que está (surpresa) envolvida com drogas novamente. Quem sabe discorrer sobre uma inglesa velha e horrorosa que canta bem. É, afinal, esse tipo de texto que vem povoando as redações de jornais e blogs por aí.

Tenho costume de freqüentar esses sites quase que diariamente, nacionais e estrangeiros. O barulhinho de grilo no mato que venho escutando recentemente é algo que assombra. Assim como a infinita capacidade de escrever sobre o nada e criar factóides, novos fenômenos e resenhar discos sob encomenda.

Quem não se recorda do recentíssimo e constrangedor estardalhaço feito no lançamento dos discos do Oasis, do Franz Ferdinand ou do (argh!) U2. Os três, repito, os três foram belos fracassos de venda. Se muito começaram bem nas paradas e foram melancolicamente despencando até caírem no esquecimento. O público não comprou a oferta viciada da crítica.

Os jornalistas e a indústria insistem em pensar que o consumidor de hoje é pura e simplesmente um filho daquele tonto facilmente manipulável que existiu até o final da década de 90. Aquele imbecil que, como eu, saía correndo atrás do disco 5 estrelas da edição do mês da Bizz, sem saber que o jornalista era o melhor amigo do vocalista da banda.

A molecada destes dias ouve o disco antes de ler a resenha ou a matéria de capa de grandes sites. E escolhe aquilo que quer realmente ouvir como quem aperta tomates no final da feira. A fantástica fábrica de fenômenos ainda está de portas abertas, mas tem cada vez menos acessos.

Não. Não vou falar da Mallu M.....

Nenhum comentário: