12.10.08

A volta dos que não foram


O CD, após cerca de 20 anos de sua popularização, se tornou algo obsoleto. Os consumidores de países civilizados preferem comprar arquivos em MP3, e o resto do mundo os baixa ilegalmente. Em comum, o fato da venda de CDs ter caído veriginosamente. E, nesse contexto, o bom e velho vinil volta a ter destaque.
Quando começou a ser substituido gradativamente, diziam por aí que o CD era mais prático (fato), poderia durar até 100 anos (mentira) e tinha um som melhor (também mentira). Agora, com a popularização dos arquivos digitais, a única vantagem real do CD cai por terra. Afinal, em um iPod podemos armazenar o equivalente a uma infinidade de CDs com uma perda de qualidade tolerável.
Mas há aqueles que não se contentam com uma pilha de arquivos e imagenzinhas minúsculas representando as capas. Preferem manusear o disco, folhear o encarte, ouvir o álbum do começo ao fim do modo como foi concebido.
E, para essa "materialização", nada melhor que o vinil, com aquela capa enorme e todo um ritual para ouvir. Sem falar no som comprovadamente melhor, a não ser que sua vitrola seja uma CCE três em um.
A questão foi recentemente capa do caderno Folhateen (só para assinantes), e já pode ser sentida em gravadoras e selos por aí, como a Rhino e a Matador, e em novas bandas. E, até essa crise estourar, dava para comprar discos de vinil importados pelo mesmo preço de CDs nacionais.
Então Bush e Paulson, dêem uma ajudinha de alguns bilhões aí pro mercado! O terceiro mundo consumidor de música agradece...

Um comentário:

Unknown disse...

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.