30.7.08

Cineminha


Correndo o risco de soar redundante, abro o post dizendo que a música pop está ligada à cultura pop, assim como o cinema. E as duas formas sempre refletiram muito bem certas, digamos, “conquistas” da juventude – quando não serviram de veículos para essas conquistas.

E falo aqui não de musicais ou biografias de roqueiros, mas sim de filmes que se encontram em consonância com o espírito de certa época e que, juntamente com a música pop, geram uma associação imediata.

Neste sentido o filme “O Selvagem” (1953) remete diretamente ao início do rock’n’roll com sua trama protagonizada por Marlon Brando, cujo personagem lidera uma gangue de motoqueiros, a Black Rebel Motorcycle Club. Com pose de garotos malvados, motos potentes e jaquetas de couro, o bando aterroriza uma tradiconalista cidadezinha americana. Nada mais rock'n'roll.

Já a contracultura dos anos 60, por sua vez, foi muito bem retratada por Michaelangelo Antonioni em “Blow Up” (1966), que além de uma estética sessentista toda colorida, contou com os Yardbirds na trilha sonora.

Já os anos 80 produziram uma enxurrada de filmes que retratavam a juventude new wave e post-punk, como os clássicos “O Último Americano Virgem” (1982) e "Curtindo a Vida Adoidado" (1986), nos quais a contestação é substituída um certo hedonismo ingênuo. Exemplo de ótima representação dos grupos é encontrado em “Garota Rosa Shocking” (1986), no qual a protagonista é uma típica new waver de roupas coloridas, e seu par romântico um outcast sempre sombrio e de preto.

Nos anos 90 toda essa ingenuidade foi banida com a produção de peças pop como “Kids” (1995) e “Transpoitting” (1996), que se encontram em perfeita sintonia com o niilismo de um Nirvana ou um Radiohead.

E nos anos 2000, já temos algum desses clássicos pop?

Um comentário:

gaiotto disse...

o Juno tem uma integração interessante entre a música e o roteiro (sem contar o humor fantastico da menina).

tem o 9 canções, mas é quase um documentario de bandas com cenas de sexo explicito haha