29.6.08
Doggy Style
26.6.08
Dicas marotas



24.6.08
Clipe do ano?
Ah! O disco vazou inteiro agora: Weezer - Red Album (completo)
23.6.08
Mark Ronson

O trabalho passou meio em branco por aqui, mas foi elogiadíssimo lá fora. Destaque para as inusitadas releituras de Toxic (Britney Spears), Just (Radiohead), Stop me.. (The Smiths) e God Put A Smile Upon Your Face (Coldplay). A versão com bônus traz ainda No One Knows (Queens of the Stone Age).
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20.6.08
A anta de cada um
PRA OUVIR ENQUANTO LÊ:
Ligue os pontos. Entre no maior portal de notícias brasileiro. Uma singela busca é suficiente para notar que eles têm mais notícias que The Strokes, The Libertines, White Stripes e quase o mesmo que Arctic Monkeys e Franz Ferdinand!!! Ok, pra ir mais longe, ganham da Rihanna, do 50 Cent, do Timbaland, da Björk... e por aí vai. É uma brincadeira divertida. Tentei a Pitty, Charlie Brown Jr. e Cachorro Grande também. E eles foram imbatíveis. Observo que no site do Estadão, por exemplo, os resultados foram bem diferentes. Deve ser diferença no "foco".
Aí você pega uma matéria no "Le Monde" que diz que eles "são os 'enfants terribles' da cena musical maluca de São Paulo". Eu não consigo imaginar essa cena musical maluca de São Paulo. Se fosse gaúcha ou goiana, vá lá. O Observer diz que lideram uma nova frente da world music (!!!!! – tipo, Gilberto Gil?) e que você precisa ouvi-los. Tudo bem. O pessoal lá de fora analisa mais pelo aspecto "The Sexual Life of the Savages", é o jeito deles. Mas, aqui no Brasil-il um blogueiro de sucesso diz que uma das músicas novas parece ter sido feita pelos BEATLES (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E é muito raro ver alguma matéria analisando criticamente a música em si. É sempre a roupa, a performance, o namorado da vocalista, a banda brasileira e coisas assim., "superafim"... Sempre "na brodagem". Uma coisa entre Capricho e Contigo.
Méritos e gostos musicais à parte, juro que não consigo achar tudo isso natural e meramente uma consequência do som deles. Can you?
18.6.08
Mini-saias e música pop

A música pop é deliciosamente superficial. Poucas pessoas se importam se a Agnes Varda ou a Virginia Woolf eram feias. Aliás, ainda que não fossem, não creio que isso aumentasse o valor de suas obras. Mas, na música pop, a aparência é essencial.
Neste sentido, a obra de Jenny Lewis, seja com o Rilo Kiley, seja em seu disco solo com as Watson Twins, adquire nuances especiais. Afinal, mini-saias sempre tornam versos como “But you are what you love/And not what loves you back/That's why I'm here on your doorstep/Pleading for you to take me back” ainda mais irresistíveis.
Ah, a superficialidade do pop...
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Outras cançonetas da moça em seu disco solo, aqui ou aqui. Já para ouvir a Jenny com o Rilo Kiley, é só clicar aqui.
16.6.08
Extra: a volta do My Bloody Valentine
O My Bloody Valentine voltou! O primeiro show, um mero aquecimento segundo Kevin Shields, aconteceu em Londres. Segundo Pitchfork, a banda não tocou nada novo: o que significa que destilaram uma série de clássicos shoegaze durante o show.
E o melhor para nós, cidadãos do terceiro mundo: um bootleg do concerto já caiu da net!
11.6.08
Mais Mallu
A arte no Brasil é tratada uma grandissíssima enganação. Ou é uma enganação, tanto faz. E parece que estamos habituados a uma constante empulhação semelhante ao que está na citação que abre o post. Estou falando, claro, do caso Mallu Magalhães.
Vejam só: a Mallu é o quê? Até onde eu saiba, é uma menina de 15 anos, com um ótimo talento para melodias, sem vergonha da óbvia constatação de que o rock funciona melhor em inglês (apesar de ter uma linda canção em português), e que busca influências não em modernices, mas no country e no folk. Com certeza, por todas essas referências, tem um público extremamente restrito.
Mas, está sempre na MTV, no blog do Lúcio Ribeiro e, agora, nesse tal desfile. Por que tudo isso? Podem até atribuir a uma grande conspiração da mídia para que a garota chegue ao mainstream, mas acho um grande equívoco. Já disse, a menina tem um público restrito, e a coisa vai continuar assim, independentemente de lobby. Ou a MTV conseguiu fazer com que o Daniel Belleza se tornasse alguém? Talvez tenham ajudado o Cachorro Grande, mas suas canções em português e melodias (?!?) ao gosto do público do Charlie Brown devem ter contribuído mais.
Na minha opinião, o que faz com que parcela da mídia moderninha se agarre com tanta força às Mallus e CSSs é a simples falta de concorrência no universo da "cultura pop". Nosso cinema contemporâneo é medíocre, nossos músicos idem, nossa literatura é um embuste, e por aí vai.
Daí, quando surge algo ligeiramente acima da média (e sim, gostem ou não do que fazem com a Mallu, ela faz boas melodias), começa essa onda messiânica insuportável. Fazem isso com a Feist, por exemplo? Não. Afinal, quantas músicas como a Feist temos na cena gringa? E o CSS, é o que lá fora? Só mais uma banda do enorme escalão de grupos alternativos. E por aí vai.
E, sou pessimista: os fenômenos Mallu Magalhães, que só refletem nossa complete mediocridade artística, não têm data para acabar no Brasil. Por essas e outras que sempre vejo a mocinha falando alguma besite na MTV, desligo a TV e vou ouvi-la cantando alguma coisa no You Tube.
9.6.08
Alzheimer?
Leonardo é o cantor mais popular na cidade de São Paulo. É o que indica a pesquisa divulgada pela Folha de ontem. A conclusão é óbvia e só uma: o paulistano (e o brasileiro) médio não ouve música. Ou, ao menos, não houve músicas novas. Outro dado leva ao mesmo resultado: a dupla mais citada é Zezé di Camargo & Luciano.
Apesar de manterem há anos suas posições entre os que mais vendem discos, tais artistas não são expoentes do mercado atual. Nem no próprio nicho sertanejo, recheado de novas e rentáveis duplas de rodeio como César Menotti & Fabiano, Victor & Léo e Edson & Hudson. Mesmo Bruno & Marrone nitidamente possuem um destaque maior que os líderes da pesquisa e estão em segundo na lista de duplas.
O segundo lugar individual é de Roberto Carlos. Nem minha mãe que é fanática consegue balbuciar uma música dele que tenha sido lançada nos últimos anos. Mas está lá e sempre estará. Chega a lembrar muito as pesquisas sobre marcas de sabão em pó e pasta de dente.
Assim como há 20 anos, vivemos um novo aeon do sucesso sertanejo. E a bizarra retro-referência dos paulistanos é sinal claro de que algo não vai bem no nosso mercado, mesmo em seu nicho historicamente mais rentável. E tudo isso em meio as supostas benesses trazidas pela internet e o aumento das opções ao consumidor.
Até porque esse pessoal é muito novo pra sofrer de Alzheimer musical.
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MUSICAS PARA OUVIR AGORA
8.6.08
Futilidades
http://www.joshhosler.biz/NumberOneInHistory/SelectMonth.htm
6.6.08
Dicas Marotas

4.6.08
Bo Diddley e a rebeldia
Há mais de 50 anos, Bo e seus contemporâneos -Chuck Berry, Little Richard, Fats Domino, Ike Turner- estavam na linha de frente, dando a cara para bater. Eles não tinham tempo para chororô, porque estavam ocupados demais fugindo da Ku Klux Klan e mudando a música pop para sempre.
Esses monstros não só criaram o rock'n'roll, eles racharam o mundo ao meio. Bo e seus comparsas inventaram a música jovem." André Barcinski - via Folha de S. Paulo

Mas o tema aqui é outro: seria possível, hoje em dia, um "roqueiro" ser selvagem sem que isso parecesse uma, farsa? Peguem, por exemplo, os relatos das aventuras de outro pioneiro, Jerry Lee Lewis, narrados por Nick Tosches no livrinho "Criaturas Flamejantes", editado no Brasil pela Conrad. Beberrão, viciado em anfetaminas, carnívoro, violento, imoral. Chegou ao ponto de, em numa "brincadeira" com arma de fogo, acertar um tiro em seu baixista. O autor mostra que somente quando Jerry Lee surgiu, Elvis se tornou um sujeito aceitável. E o que dizer, ainda, de Little Richard, que, além de negro numa América pré-ascensão dos direitos civis, era gay?
Acho que o pessoal daquela época era, sim, mais barra-pesada. Mas não porque fizessem mais loucuras, e sim porque era mais difícil. Sabemos muito bem que o rock, naquela época, não era bem visto. Era coisa de marginal, muito alto, muito barulhento. Mas lá se vão 50 anos do estilo, o que fez com que ele se adaptasse ao mercado, o qual transformou toda a rebeldia em combustível para venda. Nada mais mainstream, portanto, do que aparecer por aí fumando crack ou fazendo strip tease em Cannes...
Além disso, boa parte dos velhos de hoje em dia - os quais deveriam ser o alvo da rebeldia juvenil - simplesmente se habituaram com ele. Prova disso é que, quando comprei uma guitarra elétrica, a primeira coisa que minha avó disse foi "nossa, que bonitinha".
E lá se foi toda minha rebeldia por água abaixo...
2.6.08
Mallu e as feijoadas...

Sinceramente: você gosta de feijoada em lata? Não conheço ninguém que goste. Mas vende pra caramba, né? Pronta pra comer e não dá trabalho nem de procurar a receita. O que importa é encher a barriga, não é mesmo? Todos ficam contentes. O dono da fábrica, o cara que te vende isso como algo bom e você, um idiota que aceita que te enfiem qualquer coisa.
Como diria um antigo personagem da “Praça é Nossa”, vamo faze uma apostinha? The next big thing é essa aqui ó: http://www.youtube.com/watch?v=g6CZOq-Wl-w . Antigo hino dos shows do Wonkavision.
Olha como eu sou genial! O John Peel brasileiro!
Aaaah vaaahh!