12.9.09

Diquitas: PNAU e The xx

PNAU - PNAU (2007)

Para aqueles que, como eu, andam ouvindo bastante o disco de estréia do Empire of the Sun vale a pena dar uma conferida no outro trabalho de uma das metades da banda, o maluco Nick Littlemore. Misturando eletrônica pura, bastante influenciado por house music, com várias faixas mais pop, o disco homônimo do PNAU, lançado em 2007, traz a semente do que seria o Empire of the Sun um ano depois. Além da chapada "Wild Strawberries" e da pesadona "No More Violence", o álbum apresenta dois quase-hits que fariam sucesso em qualquer pista de dança alternativa: "Baby", com seus backing vocals infantis, e "Embrace", um frenético synth pop conduzido pelo vocal da neozelandesa Ladyhawke, vocalista do The Teenager.







The xx (2009)

Formada por quatro londrinos que acabaram de passar dos 20 anos, o The xx é provavelmente a banda que mais anda chamando a atenção da fanática imprensa especializada da Inglaterra. Afinal, receber nota 4 do The Observer e 8,7 do Pitchfork não é tão simples assim, mesmo em dias de hype desenfreado. Apesar de ter claras influências do movimento dark dos anos 80 e do trip hop de Massive Attack e Portishead, a maior virtude desses ingleses é não se parecer demais com ninguém. O ótimo amálgama de vocais femininos suaves e masculinos anasalados, com guitarras minimalistas, baterias eletrônicas e linhas de baixo marcantes fazem o som deles soar extremamente pop, apesar de, em tese, as estruturas das músicas não indicarem essa pretensão. O maior e inevitável hit, por enquanto, é a hypada "Crystalised". Mas o disco esconde outras maravilhas não tão facilmente digeríveis, como "Nigh Time", "Blood Red Moon", "Basic Space", "Teardrops", "Heart Skipped a Beat", e "Infinity", faixa que caberia muito bem no repertório de Mark Lanegan. É daqueles discos para se ouvir com um ótimo fone de ouvido e que certamente fará parte de todas as listas de melhores de 2009.






Nenhum comentário: