14.11.08

Shows!

Pensando friamente, ir a shows é um péssimo negócio: desconfortável, bebidas caras, risco de dividir espaço com pessoas pouco civilizadas etc. Todavia, a experiência de ver um show de rock ao vivo é insuperável. E, nesse sentido, essa foi uma ótima semana.

The Jesus & Mary Chain
Uma das atrações mais esperadas do Planeta Terra, os membros do grupo são "profissionais do rock". Não fizeram macaquices, piadinhas ou arriscaram um português sofrível. Limitaram-se a disparar belas canções barulhentas em um show que cobriu quase todos os álbuns e hits do grupo. E mostraram, ainda, que o som que faziam nos anos 80 ainda continua relevante.
Destaque para a música final, Reverence, que botou o público todo para cantar em uníssono o fatalista refrão "I wanna die".

Offspring
Para mim foi uma surpresa a escalação da banda. Tinha certeza que o grupo havia terminado em algum lugar dos anos 90. Mas até que não estava errado. O Offspring e seu gasto punk californiano são uma prova que o gênero esgotou-se lá pelo começo dos anos 90 com Green Day e cia. Ofereceram, então, hits datados para um público que não deve ter ouvido três discos na vida.
Isso sem falar na absoluta falta de educação dos fãs que abriam espaço a cotoveladas para chegar perto do palco.

Breeders
Para minha surpresa as Breeders, que concorriam com o Bloc Party no palco principal, lotaram o indie stage. Com o público na mão, as irmãs Kim e Kelley Deal alternaram hits como Cannonball, Divine Hammer e o célebre Hapiness is a Warm Gun com canções do bom último disco, Mountain Battles. Foi talvez o show mais divertido do Planeta Terra.

Kaiser Chiefs
Com meia dúzia de hits e um vocalista extremamente carismático, o grupo promoveu um belo show de encerramento do que é, atualmente, o melhor festival de música do Brasil.

R.E.M.
Era um show que não tinha motivos para dar errado: Michael Stipe é carismático, Peter Buck e Mike Mills são músicos estupendos, o último disco do grupo é muito bom e não faltam hits. Em duas horas de show, a banda passeou por todo o repertório, dando especial destaque ao ótimo Automatic For The People.
Pena que Michael Stipe seja o politicamente correto em pessoa. Exaltou Obama várias vezes, pediu ajuda para uma organização humanitária e elogiou a "beleza" paulistana...

Mallu
Por favor, abandone o blues e assuma de vez o country.

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